Festas de Verão

Gostaria de deixar aqui uma palavra de desagrado pela forma como têm sido tratadas as chamadas Festas de Verão.

Há as que não se realizam por iniciativa dos promotores. Há as que terão um formato diferente do habitual. E há as que insistem em manter o mesmo formato, com o mínimo de adaptações para lá das que são impostas pelas actuais circunstâncias (pandemia Covid 19).

Naturalmente, a decisão dos promotores destes eventos terá em conta, na maior parte dos casos, a sua viabilidade económica.

Ninguém gosta de investir para perder dinheiro.

Estes investidores têm, quase sempre, assumido uma posição clara. Sim, não, ou apenas nestas condições.

Já as entidades que têm outro tipo de responsabilidades, tais como o Sr. Presidente da República, o Sr. Primeiro Ministro, a Assembleia da República, a Sra. Ministra da Saúde, a Direção Geral de Saúde, as Autarquias, etc, etc, têm primado pelo silêncio ou pela assunção de posições pouco ou nada transparentes.

Vamos falar claro, todos, sem exceção, sobrepõem ao bem público a defesa dos seus “tachos”. As preocupações com a “imagem” estão acima de tudo. O que importa são as percentagens de popularidade.

Ninguém quer assumir o que quer que seja. Esta é que é a verdade.

E não me venham com desculpas esfarrapadas do género: “não está nas minhas competências”, ou “não me posso pronunciar dado o assunto estar em segredo de  justiça”, para citar apenas alguns exemplos.

É o refinamento da hipocrisia.

Quem sofre com isto tudo é o cidadão anónimo, que ingenuamente espera que estas entidades zelem pelos seus interesses.

Fica aqui o meu protesto.

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