Li no jornal Público de 05-08-2020, a seguinte notícia:
“Novo Banco regista perdas de 260 milhões”
Fiquei a pensar. Como é possível perdem-se tantos milhões?
Eu uma vez perdi a minha carteira (com muito menos dinheiro lá dentro) e chorei amargamente a minha perda. Recriminei-me durante muito tempo pela minha imprudência. Devia tê-la guardado melhor.
Há também a perda de um ente querido. Mas pensando melhor, é um conceito que não se aplica a este caso.
Já dei voltas à cabeça e não consigo compreender como é possível perder-se tanto dinheiro. Haverá algum buraco no pavimento da sede do banco?
Já uma vez aconteceu em casa de uma vizinha minha o pavimento ceder e o marido ter enfiado uma perna no buraco. Mas esse acontecimento também não me parece que possa ajudar a clarificar esta situação.
Se calhar, o melhor era pedir aos gestores do Banco que explicassem tudo à opinião pública, de uma forma simples e compreensível pelo cidadão vulgar.
É porque se o não fizerem, vai ficar para sempre a suspeição de que roubaram o Banco.
Mas quem? Os administradores? Houve um assalto? Foram bandidos, como se vê nos filmes?
Pela minha parte estou tranquilo, porque sei que o Sr. Presidente da República e o Sr. Primeiro Ministro, pessoas que insistentemente têm propagandeado o seu propósito inabalável de zelar por todos os portugueses (incluindo os mais pobres e os mais ricos), irão certamente clarificar todos este imbróglio. Porque se o não fizerem são coniventes com o desaparecimento deste dinheiro.
Não pretendo de forma alguma transformar este acontecimento num debate político, por isso optei por uma abordagem que alguns poderão considerar demasiado simplista, mas fi-lo propositadamente para deixar uma larga margem que permita a cada um refletir e tirar as suas conclusões.